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  • Diferença entre arrecadação e despesas do governo cai, porém ainda equivale a 1,9% do PIB


  • As informações são do relatório publicado pelo Tesouro Nacional. Houve uma redução na necessidade de financiamento do governo na comparação com o mesmo período de 2023

No primeiro trimestre de 2024, a diferença entre a arrecadação e as despesas do governo geral: governo federal, municípios e estados, foi de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB)

Essas informações são do relatório publicado pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (17).

De acordo com o relatório, ocorreu uma redução na necessidade de financiamento do governo geral em comparação com o mesmo período de 2023, no patamar de 1,9% do PIB.

-O PIB ( Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil durante o ano. Esse indicador contribui para medir a atividade econômica.

O financiamento estabelece relação com o valor das despesas que não são compensadas pelas receitas.

Ou seja, o que o governo geral gasta menos o que o governo recebe.

Esse valor, no primeiro trimestre de 2023, estava no patamar de 2,6% do PIB.

Ao fazer a eparação dos resultados por esfera de governo geral, o relatório apresenta que a necessidade de financiamento do governo federal chegou a 4,9% no período ante 4,1% no primeiro trimestre de 2023.

Receitas e Despesas

No período compreendido entre os meses de janeiro e março deste ano, a receita aumentou 2,2 pontos percentuais na comparação com 2023, saindo de 40% para 42,2% do PIB.

O Tesouro atribui essa alta à receita com impostos sobre bens e serviços.

No governo federal, o aumento da receita com PIS/Cofins sobre combustíveis também contribuiu para o resultado.

Os gastos do governo central também sofreram aumento no período, de 42,6% em 2023 para 44,1% em 2024.

Despesas com a previdência e assistência social encabeçaram a alta.

No entanto, houve uma queda nas despesas com juros, por causa da redução na taxa Selic no período.

Déficit zero

A meta de zerar o déficit fiscal em 2024 foi estabelecida pelo governo federal.

O que quer dizer que despesas e receitas devem ser equivalentes, com um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual, algo em torno de R$ 28 bilhões.

O mercado financeiro considera o equilíbrio das contas muito importante para evitar um aumento da dívida brasileira.